Após anúncio da greve de motoristas, Seturn consegue liminar para garantir frota mínima de 70%

STTU

Impasse entre motoristas e sindicato das empresas resulta em deflagração de greve nesta quarta-feira.

Diante do impasse nas negociações salariais e na definição das normas coletivas da categoria, o Sindicato dos Motoristas decidiu deflagrar greve por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (4). O Seturn (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal ) reforçou compromisso com a continuidade do serviço público essencial.

As rodadas de negociação vêm sendo conduzidas na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. 

"A paralisação preocupa a população e impacta diretamente a rotina da cidade, especialmente de trabalhadores que dependem diariamente do transporte coletivo. Diante da deflagração da greve, o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região determinou que o SINTRO assegure o funcionamento mínimo de 70% (setenta por cento) da frota do transporte público do Município de Natal, observando o horário regular de funcionamento e se abstenha de adotar qualquer medida que impeça o regular acesso dos trabalhadores não grevistas aos locais de trabalho", disse  o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Valle.

Maranhão Valle salientou que o Seturn tem procurado construir uma solução sustentável para todos – trabalhadores, empresas e, principalmente, a população, que é quem mais sofre com a paralisação. 

"Nosso compromisso é garantir que o transporte coletivo siga funcionando de forma regular e eficiente”, explicou.

O coordenador jurídico do Seturn lamentou a deflagração da greve e reiterou o empenho da entidades em buscar uma solução responsável e viável para todas as partes envolvidas. Segundo ele, as tratativas com o sindicato dos motoristas têm enfrentado dificuldades, sobretudo em razão das severas restrições econômicas do setor e da instabilidade jurídica que ronda o sistema de transporte público urbano.

A proposta patronal inclui a recomposição integral da inflação, aumento escalonado de 13,36% no vale-alimentação e reajuste de 15,5% no auxílio-saúde.