Presidente da FIERN alerta que tarifas atingem fortemente RN e defende negociação

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Assessoria/Fiern
Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, concede entrevista sobre tarifaço dos EUA.

Economia

31/07/2025

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), Roberto Serquiz, alertou hoje (31) que a definição dos setores afetados pela tarifa adicional dos Estados Unidos poderá ter implicações sérias para a economia do Estado, caso não haja reversão do aumento das alíquotas. Isso porque, entre os principais setores exportadores do RN, apenas um — o de óleos combustíveis — está entre as 700 exceções à elevação de 50%.

Roberto Serquiz destacou que a FIERN tem atuado na busca por soluções, mantendo interlocução com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e com o Governo do Estado. 

Ele tem defendido que haja negociações diplomáticas, com orientação técnica, para evitar que as tarifas dificultem e até inviabilizem o acesso da produção industrial potiguar ao mercado dos EUA.

“Desde o primeiro momento, a Federação das Indústrias do RN reuniu os exportadores potiguares e mantém interlocução permanente com esses empresários e com a Confederação Nacional da Indústria, mostrando as implicações para o Estado e procurando soluções e alternativas”, disse o presidente da FIERN em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

Ele observou que, diante da assinatura pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (30),  há uma situação concreta, que exige novas negociações articuladas de forma técnica e diplomática. 

“Agora estamos diante do fato real e passamos, então, para um ambiente de desafio. Claro que é preciso manter a esperança e o otimismo de uma reversão, mas também buscar mitigar a situação enquanto isso não ocorre”, acrescentou.

Ele ressaltou que a indústria não planeja demissões, pois está sempre voltada ao desenvolvimento e à geração de empregos. No entanto, caso as dificuldades persistam, adaptações poderão ser necessárias nos setores exportadores. 

As estimativas feitas a partir de reuniões com presidentes e diretores dos sindicatos das indústrias exportadoras indicam que entre R$ 70 milhões e R$ 100 milhões em exportações podem deixar de ser comercializados, por ano, com o aumento das tarifas. Estima-se ainda que quase 4 mil postos de trabalho estejam em risco. 

“Mas a primeira ação é buscar alternativas de mercado e recomposição de custos”, declarou o presidente da FIERN.

Um estudo técnico realizado pelo Centro Internacional de Negócios da FIERN constatou que “os principais produtos do RN exportados para os EUA não estão incluídos nas exceções que excluem produtos do aumento tarifário. Portanto, passarão a ser integralmente taxados pela nova alíquota de 50%”, aponta o levantamento. 

“Essa lista inclui caramelos e confeitos, pescados frescos como albacoras e atuns, sal marinho, mangas frescas, castanha de caju, granitos e pedras ornamentais beneficiadas, além de outros produtos de origem animal destinados ao consumo humano”.

Diogenes dantas ao centro da imagem vestido de terno preto, ele sorri.

Diógenes Dantas

é um jornalista e radialista do Rio Grande do Norte, com mais de 40 anos de carreira. Formado em Comunicação Social pela UFRN e em Direito pela UNP, atuou em vários veículos importantes locais e nacionais (Tribuna do Norte, Diário de Natal, TV Globo, TV Record Brasília, SBT, Band e rádios 96 FM, 98 FM e 91.9 FM). Foi diretor-geral da TV Assembleia Legislativa do RN. Foi coordenador de comunicação da Potigas, e assessor da presidência da Petrobras. Apresenta e edita o Jornal da MIX, na 103.9 FM Natal.

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